Descubra por que os fundos de investimentos estão cada vez mais interessados em investir na área da saúde.
Os fundos de private equity e venture capital têm se mostrado cada vez mais interessados em investir na área da saúde. Esses fundos buscam oportunidades de negócios promissoras e inovadoras no setor, com o objetivo de obter retornos financeiros significativos.
A área da saúde é um setor estratégico e em constante crescimento, especialmente no Brasil, onde a demanda por serviços e soluções de saúde é alta. Os fundos de private equity e venture capital estão atentos a essa tendência e buscam identificar empresas e projetos com potencial de crescimento e inovação nesse mercado.
Tese da Saúde: Private Equity
Em 2021, quando a XP anunciou que havia levantado R$ 1,67 bilhão, em seu segundo fundo de private equity, Chu Kong, sócio e gestor dos fundos de private equity da XP Asset, afirmou que já tinha algumas empresas na mira e parte do dinheiro já tinha endereço.
Neste mesmo ano, o private equity da XP adquiriu, por R$ 200 milhões, participações majoritárias em cinco clínicas de reprodução assistida. Em 2023 o fundo adquiriu também A Vida Bem Vinda, sexta marca a compor a plataforma Fertgroup, holding criada pela gestora e que tem os médicos fundadores das redes como acionistas minoritários.
Além de reprodução assistida, o mesmo fundo adquiriu participação minoritária, mas relevante, na holding de estética dermatológica JL Health, por R$ 225 milhões. “A JL Health nos chamou atenção porque é uma holding com várias tecnologias e grandes avenidas de crescimento que pode proporcionar”, diz Kong.
Fundada em 2002 pelo engenheiro José Luiz Pinto, a JL Health atua com 18 marcas e a mais importante delas é a Medsystems. A companhia vende equipamentos para médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos e também para clínicas de estética. “Temos mais de quarenta tecnologias como laser de depilação, rejuvenescimento, radiofrequência e várias outras”, diz o fundador.
Trata-se de um mercado B2B, mas com uma característica muito peculiar. Afinal, o comprador é geralmente o médico. E os equipamentos vão de R$ 200 mil a R$ 1,3 milhão. Em 2023, a empresa faturou R$ 520 milhões e, neste ano, deverá alcançar uma receita de R$ 700 milhões.
O dinheiro da XP, dizem o fundador e o CEO, vai ajudar a acelerar a operação, sobretudo, com a entrada em novos segmentos. Hoje, a JL Health atua de forma discreta nos segmentos de ginecologia e oftalmologia, e vai entrar em ortopedia neste ano.
“Na ginecologia, por exemplo, há um crescimento da demanda por tratamentos de rejuvenescimento íntimo e temos tecnologias para isso”, diz Regis. E prossegue. “Na oftalmologia, vamos avançar com novas tecnologias para equipamentos de operações de catarata e o fornecimento da lente.”
No caso da oftalmologia, há uma vantagem dentro do próprio private equity da XP. O primeiro fundo é investidor da Vision One que recebeu um aporte de R$ 293 milhões. Em dois anos, além do crescimento orgânico, a empresa comprou 12 hospitais e a receita operacional da empresa foi multiplicada por dez. Saiu de R$ 65 milhões para R$ 650 milhões de receita bruta. “Vamos conectar as duas empresas para elas conversarem”, diz Kong.
Na ortopedia, o segmento que a empresa vai começar a operar, a JL Health deverá atuar com equipamentos voltados a tratamento de dor, com tecnologias como onda de choque, de campo eletromagnético, uso de ácido hialurônico para preenchimento de cartilagem.
“Se eles fizerem o trabalho que eles fizeram em dermatologia nesses outros segmentos, será fenomenal”, diz Kong. O otimismo do comandante do private equity da XP é tão grande que ele já dá um horizonte para o IPO. “Em dois ou três anos, chegaremos lá.”
Tese da Saúde: Venture Capital
Em 2023 o Headline XP também decidiu seguir na direção da saúde. O fundo de investimentos anunciou um aporte de R$ 7,8 milhões na startup Fin-X, que atua para melhorar a eficiência operacional de clínicas, consultórios médicos e hospitais. A transação foi assessorada pela Cornerstone Partners. Conforme explica Romero Rodrigues, gestor do Headline XP, a escolha da startup veio depois de um pente fino que considerou outras 1,5 mil possibilidades no mercado. O fundo adquiriu uma cota de 20% na startup que agora está avaliada em cerca de R$ 40 milhões.
Fundada em 2017, a healthtech tem como seu principal negócio auxiliar os profissionais de saúde na organização das agendas e autorização de procedimentos. Uma de suas soluções oferece integração de protocolos de cirurgias entre médicos, hospitais e operadoras de saúde. Isso, segundo os fundadores, promove até cinco vezes mais eficiência se comparado ao modelo manual de operação.
Ainda em 2023, o Headline XP faz sua segunda incursão no setor de saúde em poucos meses. O fundo liderou uma rodada de R$ 17,5 milhões na Fiibo, uma plataforma voltada a benefícios de saúde.
O investimento sugere uma avaliação de mercado de R$ 77,5 milhões para a healthtech. O aporte do Headline foi feito em parceria com a VOX Capital, responsável pelo fundo de corporate venture capital (CVC) Arava, do Hospital Albert Einstein.
“Estamos olhando com muita atenção para o setor. É o maior mercado de consumo que ainda não está totalmente digitalizado”, afirma Rodrigues. A oportunidade vista pelo executivo coincide também com o tamanho do mercado endereçável para as empresas do segmento. Em 2022, os gastos privados em saúde no Brasil foram de R$ 520 bilhões, crescimento de 19,3% em relação ao ano imediatamente anterior.
Os fundos de private equity e venture capital da XP reconhecem o potencial do setor de saúde e têm feito investimentos estratégicos nessa área. Esses investimentos visam impulsionar a inovação, o desenvolvimento de soluções e o crescimento de empresas. Com o acesso ao mercado de capitais essas empresas têm a oportunidade de expandir suas operações, desenvolver tecnologias avançadas e promover avanços significativos no setor da saúde.
A Cornerstone Partners pode te auxiliar a entrar no radar de fundos de investimentos com tese da saúde.
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